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Poços de Caldas é sede da Academia Mineira de Letras neste 7 de Setembro

Nesta quarta-feira, 7 de Setembro, bicentenário da Independência do Brasil, a Academia Mineira de Letras transferiu simbolicamente sua sede para o município de Poços de Caldas. A transferência simbólica da instituição literária, criada em 1909 para promover a literatura e a língua portuguesa, marca a presença da Academia Mineira de Letras no Festival Literário Internacional de Poços de Caldas – Flipoços, que teve início no dia 3 e segue até 11 de setembro. 

A transferência simbólica marca a presença da entidade no Flipoços

Na ocasião, o presidente da entidade, Rogério Faria Tavares, proferiu a palestra magna sobre os 113 anos da Academia Mineira de Letras e fez a leitura da ata oficial de transferência, conforme segue: “Ata oficial de transferência simbólica da sede da Academia Mineira de Letras para o município Poços de Caldas. Aos sete dias do mês de setembro de 2022, às 10 horas da manhã, no Espaço Cultural da Urca, em Poços de Caldas, o presidente da Academia Mineira de Letras, Rogério Faria Tavares, assinou o presente documento determinando a transferência simbólica da sede da Casa de Alphonsus de Guimaraens e de Henriqueta Lisboa para o município de Poços de Caldas, durante a realização do Festival Literário Internacional de Poços de Caldas 2022 – Flipoços. O ato serviu para marcar a presença da entidade no referido festival, de cuja programação participa o presidente, proferindo a conferência magna sobre os 113 anos da instituição e sobre o primeiro centenário de sua Revista. A presente ata segue assinada pelo presidente da Academia Mineira de Letras e se integra, a partir de agora, ao acervo nobre da instituição”. 

Fundada na cidade de Juiz de Fora, em 25/12/1909, por um grupo de pioneiros ligados à literatura e à cultura, a Associação Mineira de Letras foi transferida para a capital Belo Horizonte, em 1915. Organizada aos moldes ses, com 40 cadeiras, reúne atualmente nomes como Ailton Krenak e Olavo Romano. “Uma grande honra receber hoje a transferência simbólica da Academia Mineira de Letras para Poços de Caldas nesta data emblemática, um momento importante para todos nós poços-caldenses”, destacou a curadora do Flipoços, Gisele Ferreira. 

Durante a palestra, o presidente da entidade, Rogério Faria Tavares, abordou a história da Academia Mineira de Letras e também os desafios atuais na preservação e fomento ao livro, à leitura e à literatura. “Falo da missão da Academia Mineira de Letras, que com ela nasceu em 1909: preservar e honrar a memória, a história, as letras e as artes, em diálogo inteligente e crítico com a contemporaneidade, em atitude permanente de interesse, de curiosidade, de atenção em relação ao que se a hoje. As Academias de Letras não podem viver encerradas em si mesmas, voltadas para seu próprio umbigo, divorciadas da realidade. Elas estão mergulhadas no século XXI, em 2022, e assim precisam atuar e trabalhar”, ressaltou. 

Graduado em Direito e em Comunicação Social, com habilitação em jornalismo e mestre em Direito Internacional, Tavares foi presidente do BDMG Cultural e, atualmente, preside a Academia Mineira de Letras, na qual ocupa a cadeira de número oito. É membro do Instituto dos Advogados Brasileiros e do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro e tem sete livros publicados. 

Também participaram da solenidade a presidente da Associação Poços-caldense de Letras, Regina Alves, o presidente da Academia Divinopolitana de Letras e da Associação das Academias de Letras de Minas Gerais, Flávio Ramos, e a professora Larissa Oliveira, que representou o Polígono Literário Sul-mineiro na cerimônia. 

“É com muita alegria que estou hoje representando as academias regionais sul-mineiras e também o coletivo Polígono do Livro neste dia tão importante para todos nós. Hoje, como um marco em toda a nossa trajetória cultural e literária, Poços abriga simbolicamente a sede da Academia Mineira de Letras, em homenagem aos 200 anos da Independência e aos 150 anos de Poços de Caldas, o que é motivo de muito orgulho e contentamento para todos nós, poços-caldenses e sul-mineiros”, pontuou Larissa Oliveira. 

Tesouros


Durante a palestra, o presidente da Academia Mineira de Letras, Rogério Faria Tavares, relatou que, durante muito tempo, a instituição não contava com sede própria e todo o acervo era guardado em um baú. Desde 1987, a entidade está instalada no Palacete Borges da Costa, em Belo Horizonte. Em 1994, foi construído um anexo para receber eventos e reuniões. Atualmente o imóvel abriga as atividades da Academia e continua como um ponto de referência da arquitetura e memória da cidade. Entre os tesouros que a AML guarda está a Coleção Drummondiana, acervo de 400 crônicas datilografadas e anotadas por Carlos Drummond de Andrade e que atualmente pertencem à instituição mineira.

Atenta ao alcance e relevância das novas tecnologias, a Academia Mineira de Letras disponibiliza sua intensa programação cultural e parte do acervo na internet no site https://academiamineiradeletras.org.br/ e também nas redes sociais. 

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