Wine Trade Fair São Paulo 2025:Território dos Vinhos será apresentado pela Codemge nesta quarta-feira

A participação de Gerais na Wine Trade Fair São Paulo 2025, uma das feiras mais importantes de vinhos da América Latina, que acontece de 20 a 22 de maio, no Expo Center Norte, em São Paulo, terá nesta quarta-feira, 21, a apresentação pelo Território dos Vinhos pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) do Território dos Vinhos e o lançamento do catálogo Ruralidade Viva e do projeto É do Campo, iniciativas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG).

No primeiro dia, o estande do Estado apresentou as 11 vinícolas e seis cachaçarias que participam do evento em concorridas degustações. O Estado ocupa o maior espaço da feira: em tons de bordô e com o nome Minas Gerais simulando as curvas das montanhas e um telão gigantes exibindo as paisagens de Minas, as cidades históricas, as atividades de ecoturismo e, e é claro, os vinhedos dos Território dos Vinhos.

Em uma feira em espaços dominados pelo branco e verde-água, Minas se sobressaiu: o estande podia ser visualizado de todos os pontos do pavilhão. Sua grandiosidade atraiu curiosos, movimentou e trouxe novidades “a Wine |Trade Fair.

Ao abrir oficialmente o espaço, a secretária-adjunta de Cultura e Turismo, Josiane de Souza, disse que Minas segue inovando com a participação pela primeira vez em uma feira de gastronomia, trazendo cultura, turismo e a excelência dos produtos mineiros, a começar pelos nossos vinhos de extrema qualidade, premiados no Brasil e fora e as nossas cachaças em harmonia com os produtos mineiros tão conhecidos já de nossa população, tais quais os queijos e nossos doces.

No primeiro, os visitantes puderam conhecer e experimentar os vinhos produzidos pelas vinícolas Alma Gerais (Macaia/Bom Sucesso), Alto do Gavião (Vieiras), Arpuro (Uberaba), Artesã (São Gonçalo do Sapucaí), Amantikir (Itanhandu), Bárbara Eliodora (São Gonçalo do Sapucaí), Casa Rodrigo (São João da Mata), Casa Geraldo (Andradas), Quinta de Glaura (Glaura), Stella Valentino (Andradas) e Vale do Gongo (Grão Mogol), além das cachaças Divina Cana, Vale do Piranga, Pitangui, Colômbina, Galeão e Tiê.

Em um balcão, a sommelier Belisa Costa, representando a Associação de Produtores de Uva e Vinho de Minas Gerais (UVA), promoveu a degustação de rótulos de diferentes regiões de Minas, que expressam a diversidade e o potencial do Estado na vitivinicultura. “Há muitos pontos em comum entre esses vinhos: predominância da uva Syrah, características singulares conforme o terroir onde foi produzido, produção no sistema de dupla poda, com colheita no inverno, produção limitada e artesanal e uma diversificação de estilos, além de Syrah, apresenta rosés, brancos aromáticos como o Sauvignon Blanc, espumantes de método tradicional e vinhos licorosos de alta complexidade”, enumera a sommelier.

Vinhos Mineiros

Entre os vinhos degustados estavam um Syrah da safra 2023 da vinícola Amantikir, da Fazenda Serra que Chora, em Itanhandu; um Syrah safra 2022 e um vinho licoroso safra 2023 da Casa Rodrigo, de São João da Mata; o Gemas de Ouro Preto, um Syrah da safra 2024, primeiro rótulo da vinícola boutique Quinta de Glaura, do distrito de Glaura, em Ouro Preto; o premiado Mar de Morros (medalha de bronze no prêmio Decanter 2024), um Syrah safra 2021 da vinícola Artesã, de São Gonçalo do Sapucaí; um Syrah tinto, um Syrah rosé e um Sauvignon Blanc, todos safra 2023, da Vinícola Alma Gerais Bom Sucesso; o o Touriga Nacional 2023, o  Clarete 2023, elaborado com Tinta Rorize o Super Syrah 2023 da vinícola Alto do Gavião, de Vieiras.

Do Norte de Minas, a sommelier apresentou dois vinhos da Vinícola Grão Mongol, situada na Cordilheira do Espinhaço: o Casa Velha Licoroso, elaborado com a uva BRS Vitória em colheita de inverno, com 17% de álcool e açúcar natural da própria fruta, no auge da maturação; e o espumante Natur Catopês, também com BRS Vitória, sem adição de açúcar (zero residual), método tradicional (champenoise), com bom volume em boca, cremosidade e notas de pitanga.

Segundo Elcy Caldas, vice-presidente da UVA, Minas Gerais já é destaque e referência na produção de vinhos com características únicas do nosso terroir. “Estar em São Paulo, no maior centro consumidor do país, nos permite apresentar nossos produtos, conquistar novos mercados e estreitar parcerias importantes para o crescimento do setor. Além disso, a feira é um espaço valioso para troca de conhecimento, tendências de mercado e inovações na cadeia vitivinícola. Cada produtor que participa fortalece não só sua marca, mas todo o coletivo mineiro, mostrando que juntos somos mais fortes e mais competitivos”, enfatizou.

Campanha Vinho Legal

Entidades do setor também divulgaram a Campanha Vinho Legal, uma ação nacional para orientação e sensibilização do público quanto a aquisição de produtos com procedência. “O maior concorrente do vinho nacional é o pré-conceito, pois o consumidor brasileiro acostumou-se a acreditar que só importados tenham qualidade e acabam num imenso erro e colocam sua saúde em risco quando adquirem vinhos de descaminho e contrabando, que, em sua maioria, são falsificados ou adulterados”, alerta Heloisa Bertoli, presidente do SindVinho-MG e da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Uva, Vinhos e Derivados no Ministério da Agricultura.

Para Valério Marega, diretor de marketing da Associação Nacional de Produtores de Vinhos de Inverno (Aprovin) e proprietário da vinícola Arpuro, de Uberaba, corrobora com a opinião de Heloísa. “Estar presenta na Wine Trade Fair é importante para mostrar para o mercado nosso vinho, para mostrar que a gente existe, que já somos premiados e queremos que todos experimentem para sentir a qualidade”, salientou.